Capítulo 1 "O homem perfeito se encontra no restaurante" - O amor atrás do ódio

1. O homem perfeito se encontra no restaurante

PDV Bella

Uma, duas, três... QUATRO! Quatro malas só pra essa tampinha que é atendida como Alice Brandon, minha melhor amiga.
— Alice. — eu disse olhando para as quatro malas. (todas rosas com florzinhas)
— Relaxe, Bellinha! Só são quatro malas, nada demais! — ela disse com a maior tranquilidade.
— Só quatro... — resmunguei, jogando-me na cama da Hello Kitty.
— Alice, por que você não troca de lençol? Hello Kitty? Isso é coisa de criança.
Ela riu.
— Não é não.
— É sim.
— Não é.
— É sim.
— Não é!
— É sim, merda!
Alguém pigarreou.
Olhei pra porta e arregalei os olhos ao ver minha mãe Esme.
— Err, oi, Esme.
Ele revirou os olhos e entrou.
— Mãe.
Dessa vez fui eu que revirei os olhos.
— Tá certo, mãe. Ou quer que eu te chame de mamãe? — perguntei com uma carinha de criança pidona.
As duas riram.
— Obrigada por me deixar ir com a Bella, senhora Swan.
— De nada, Alice. Agora vão se arrumando logo! Vamos! — Ela fez cara séria e saiu.
Alice sorriu e voltou a arrumar as tralhas (bagagens).
Ao acabar, descemos as escadas e esperamos na sala.
— Ai, que emoção, Bella! Vamos visitar Paris! A cidade do amor! Não é demais?? — ela não me deu tempo de responder, já estava tagarelando de novo. — E blá, blá, blá,... — caí no sono.
— Dormindo, Bella? — acordei assustada com a voz.
Olhei para a figura e gemi.
— Argh, não me diga que ele vai, Allie.
— Ele não vai.
Meu sorriso ficou tão grande que pensei que ia rasgar.
— Sério? — Não. — O desgraçado do Edward riu.
— Por que não vai cagar na casa da puta que pariu, Cullen maldito? — Esbravejei estressada. (sim, ele me deixa todo dia com TPM)
Ele se irritou (novidade) e foi preciso Alice e Esme o segurar.
Bom, vocês devem estar se perguntando o porquê disso tudo, do meu ÓDIO por EDWARD CULLEN. Então vou lhes mostrar... Tudo aconteceu quando éramos pequenos e bem... ARGH!... amigos.

Há dez anos atrás

Alice, Ângela e eu estávamos brincando de bonecas na minha casa. Os meninos, Edward, Jasper, Ben e os outros no Clube dos Meninos, onde nenhuma garota entrava. Então decidimos espiar para ver o que eles conversavam.
Saímos discretamente da minha casa e fomos para o jardim dos Cullens.
No inicio eles só falavam de baboseiras. Futebol, dever da escola... sexo. Sim, nessa idade. E o mais interessante: As garotas mais lindas do colégio.
— E qual é a garota mais linda do colégio? — Edward perguntou.
Todos riram.
— Alice! — claro que foi o Jazz que disse isso. Alice sorriu e quicou de alegria.
— Eu acho que é a Jéssica. — disse Mike.
Muitos nomes apareceram: Tânia, a super popular e invejosa, Lauren, Jéssica, Ângela, Alice... o meu.
— A Bella! — gritaram vários garotos juntos.
Sorri. As duas sorriram e disseram “Tá podendo, hein, Bella?”
— A Bella? — Edward riu.
Seu tom dizia que ele não concordava. O que me irritou. Eu podia não ser fútil, mas todos os garotos diziam que eu era linda, que achavam meus olhos lindos, minha boca desejável ect. E... O Edward! A quem eu mais confiava! A quem eu queria que ele fosse meu príncipe...
Um desejo de criança. Ele era só o meu amigo... eu acho... Ele gostava da...
— E quem você acha a mais bonita, então? — Mike perguntou curioso.
... Tânia.
Todos riram e diziam “Vai que tá fácil! Ela gosta de você!”.
As lagrímas começavam a cair.
— Bella... — Alice disse com a voz preocupada.
— Me deixe as duas! — gritei e sai correndo.
As duas me ignoravam e me seguiram.
Entrei na casa chorando. Mamãe estava assistindo tv com as mães das duas. Quando me viu, saiu na hora atrás de mim.
— Filha! O que aconteceu? Alice! Ângela! — minha mãe gritou desesperada.
— É melhor deixar ela um pouco sozinha, Esme. — aconselhou a mãe da Ang.
— Sozinha? Eu quero saber o que aconteceu com ela, Alice!
Eu não escutava mais nada. Só o meu choro e os gritos da mamãe.
No outro dia saímos de Phoenix e fomos para Los Angeles. Ficamos por lá durante dois anos. Depois voltamos viajamos para Phoenix, para meu desagrado. Eu o encontrei lá. Quando o ignorei, ele me perguntou por que eu estava assim. Então eu disse o que eu ouvi naquele dia. Edward se irritou e disse que eu era “só uma garota mimada com um ego grande demais”. A partir daí começamos a nos odiar profundamente, para a alegria de Tânia. Saí de lá extremamente melancólica e com raiva. Fomos para New York. Por um três anos ficamos lá. Em todos os lugares me achavam bonita. Meu primeiro namorado foi de lá, Jacob Black. No ano seguinte viajamos de novo para Phoenix. Mas ele não estava lá. Pude visitar Alice e Ângela normalmente. Ângela disse que ele viajou para outro lugar com o pai no ano passado. Depois de sete anos, eu fui para Forks. E advinha quem estava lá? O Ediota. Então desde os meus quatorze anos até os dezessete eu estudo com Edward Cullen. Sorte? Faça-me rir.
Eu amava Edward Cullen. E ele pegou o meu coração e o rasgou, depois o devolveu para mim, todo rasgado e doente.

A memória me fez chorar. Um choro silencioso. Eu só contei que amava (verbo no PASSADO) Edward para meu diário. Nem pra minha mãe, Alice, Ângela... Mas elas ligaram os pontos depois de um ano e descobriram. Descobriram o PASSADO! Agora eu estou com JACOB BLACK!

Enxuguei meu rosto.
— O que ele disse sobre mim?
As duas se olharam.
— Bella...
— O que ele disse sobre mim?! — gritei.
Elas se encolheram.
— Que você era muito simples. Olhos sem graça. Que não chegava aos pés da Tânia.
Atirei um vaso contra a parede.

— Bella. — Alice me olhou de olhos arregalados.

— O quê?
— Você tá com uma cara... assassina.
Gargalhei alto, chamando atenção para nós.

Primeira Parada – Lisboa, Portugal

O português disse:
— Desejas algo, senhoritas?
— O quê que ele falou? — perguntei confusa.
— Eu acho que ele tá pedindo o que nós queremos. — Esme disse.
— I want fries with a soda, please.*
O cara nos olhava confuso.
— Ai uante fraies... O QUÊ?? Harry! — ele tentou falar a nossa língua, mas não conseguiu. Ele saiu em busca do tal do Harry.
— HARRY! VAI ATENDER A MESA OITO!
O garçom veio até nós e sorriu.
— What will they want? — ele perguntou sorrindo. Ele não era de Portugal. Ele era bonito. Alto, loiro, olhos verdes, meio pálido, dentes brancos e um sorriso perfeito. Um homem perfeito!
— I want fries with a soda. — repeti.
— Salad*2. — minha mãe respondeu sorrindo.
— I too*3. — Alice disse. Dieta. Revirei os olhos.
— Noted. — disse ele e saiu.
Eu tinha sorte. Edward estava no hotel ainda. Ele disse que tinha que fazer uma ligação. Eu já sabia para quem.
— Vamos? — perguntei ao acabar.
— Sim. — Esme disse e sinalizou para o garçom trazer a conta.
Harry veio ainda com um sorriso. Esme lhe entregou o dinheiro.
Quando eu ia me levantar, Harry sinalizou discretamente que eu ficasse.
— Err, eu vou ficar mais um tempo aqui, gente. — as duas me olharam confusas.
Alice deu uma risadinha.
— Vamos, Esme.
— Mas... — ela olhou de mim para o garçom
— A Bella sabe se cuidar! Não chegue atrasada! — ela riu e empurrou minha mãe para fora do restaurante.
Corei.
— Olá. Qual é o seu nome?
Olhei para Harry.
— Bella Swan. E o seu, Harry?
Ele sorriu mais ainda. Esticou um papelzinho para mim. Eu o peguei.
— Tenho que ir. — ele piscou e correu até o balcão.
Olhei para o papel e o abri.

Harry Carter. Solteiro. 4896-5904. Me ligue!

Sorri. Aquele homem PERFEITO quer... AIIIIIIIII!!! SOLTEIRO!!!! Mas tenho a impressão que eu estou esquecendo algo... Começa com J e termina com B... É moreno... Sorriso contagiante... New York... Ah!, lembrei. Desgraça... Jacob Black, meu namorado. Do que eu estava falando mesmo? AQUELE HOMEM PERFEITO QUER SAIR COMIGO!!!!!!!!!!!!!
Saí alegre e saltitante do restaurante dos sonhos. Qualquer mulher amaria conhecer um homem desses em um restaurante.

PDV Edward

QUE DROGA. DROGAAAA! PAARA DE FALAR, TÂNIA!
— Você tá me ouvindo, Edward Cullen??? — ela perguntou gritando zangada.
— Sim, Claudia... Quer dizer, Tânia! — esfreguei meus olhos. Meu estomago roncou.
— QUEM É CLAUDIA??
— Tenho que desligar. Tchau! — desliguei na cara dela ao mesmo tempo que as três voltaram. Peraí, eu disse três? Cadê a Bella? Não que eu esteja preocupando com ela.
— Cadê a Bella? — perguntei largando o celular na cama.
— Com o Harry. — As duas riram e foram para seus quartos. Harry? Bufei e fui para a geladeira.
Eu estava com fome, mas na tava com a mínima vontade de sair.
— Edward! — Jasper gritou. Ele chegaria mais tarde do que nós.
Sorri. Aleluia, não estou mais sozinho cercado por mulheres estressadas e vaidosas.
Peguei meu sanduíche e fui para a sala, onde ele jogava as malas no sofá.
— E aí, cara? — perguntei sorrindo e nos abraçamos.
— Oi, Edward! Como vai, cara? Eu consegui vir mais cedo. — ele sorriu e se jogou no sofá vazio.
— Eu vou bem, e você?
— Ah, sei lá. Tô meio sozinho lá no Texas. — ele suspirou.
— A Alice tá aqui. — ri da sua cara quando ele arregalou os olhos e escancarou a boca.
— TCHAU, EDWARD! — ele saiu correndo chamando pelo nome dela.
Decidi ligar pra uma “amiga”.
— Oi. Quem é? — ela perguntou.
— Edward.
— Ah! Como você está? — Lauren perguntou.
— Bem. O Tyler está aí?
Ela riu.
— Não. Por que?
— Já vai saber. Tchau. — desliguei.
Eu precisava relaxar.

PDV Bella

No segundo toque, ele atendeu.
— Oi, Harry. Sou eu, a Bella.
— Bella? Pensei que não ia me ligar! — ele riu.
— E como você está?
— Bem melhor agora. Vai almoçar lá amanhã?
— Vou. Quero me encontrar com você antes disso.
— Ótimo! Me encontre no restaurante que eu te pego. — ele riu de novo.
Eu ri.
— OK. Tchau, Harry.
— Tchau, Bella. Vê se não esquece. — desliguei com um sorriso.
Alguém bateu na porta.
— Entre!
Alice colocou sua cabeça na porta e sorriu:
— Era o Harry, não é? — ela entrou saltitante.
Dei um sorriso enorme.
— ERA! — pulamos e demos gritinhos.
A porta se abriu abruptamente.
— PORRA, NÃO SE PODE MAIS DORMIR, É?? — gritou zangado Edward.
Alice deu língua para ele.
— Saí daqui, Edward! Estamos falando de coisas só de meninas!
Edward riu.
— Qual é o problema, Ed? Tá estressadinho? — zombei.
Ele parou de rir e me olhou sério.
— Vai pra puta que pariu, Isabella. — ele saiu.
— VAI VOCÊ!
— SÓ SE VOCE FOR PRIMEIRO!
Alice riu.
— Hmmm...
— Alice, por Deus, que parar de pensar certas coisas?
— Foi mal. — ela riu e me olhou alegre.
— E então? O que ele disse? Me conta tudo! — ri com seu entusiasmo. Contei-lhe tudo; o bilhete, o telefonema, como eu achava Harry lindo. Alice me disse que ele devia estava muito interessado em mim, o que aumentou o meu ego.
Ficamos a noite inteira falando sobre Harry e o meu encontro. Alice se aproveitou e inventou uma desculpa. Para me vestir.
— Você tem que arrasar. Por quê não com uma roupa escolhida por mim?
Esme abriu a porta.
— Meninas, não vão dormir? Já esta na hora.

— Já vamos, Esme. Advinha com quem a Bella vai sair amanhã? — Alice sorriu.
Minha mãe me olhou interrogativa.
— Não... Quem é, Alice?
— O garçom do restaurante. O Harry. Não é, Bell? — ela me olhou com um sorriso.
Dei um sorriso amarelo para as duas.
— É...
— E nem me falou, né, mocinha? — Esme bateu o pé.
Ri nervosa.
— Foi mal. Sabe com é que são as coisas.
Ela levantou a sobrancelha.

— Por falar em coisas... Acho que precisamos conversar um pouquinho, não acha, Alice? — Allie me olhou rapidamente e caiu fora.
Merda. Ela tá querendo conversar sobre aquilo.
Esme me olhou por um tempo. Por fim disse:
— Só quero que tome a decisão certa. Se você quiser, quiser mesmo... Faça. E com... camisinha, certo? — eu mantia a cabeça baixa para ela não ver minha cara vermelha.
Assenti minimamente.
— Se quiser posso compra pra você.
— Não, obrigada. E quero ficar um pouco sozinha, tá?
Ela sorriu.
— Claro. Boa noite, filha.
— Boa noite. — ela acenou e fechou a minha porta.
Depois disso não pude deixar de pensar em como seria o meu encontro com ele. De como eu estaria vestida, de como ele estaria, se Harry estava mesmo interessado em mim... Nos seus olhos verdes intensos, na sua boca vermelha carnuda, loiro como um perfeito anjo... E foi assim que eu dormi: com a sua imagem dominando a minha mente.

Espero que tenham gostado. Desculpa se na parte do ingles eu fui ruim, a verdade é que eu ñ sei escrever muito bem. Sorry, people;) O prox cap deve ser postado nesse domingo ou no sábado que vem.