Alguém me cutucava com o braço.
— Ei, acorda!
— Me deixa...dormir... só mais... *bocejo* um pouquinho... — bocejo.
A pessoa bufou. Pelos passos se afastando, imagino que ela desistiu de me acordar.
— Não vai acordar?? — perguntou a voz irritada.
— VAI ACORDAR A TUA AVÓ, CARALHO E ME DEIXA DORMIR! — peguei a beirada do lençol e cobri o meu rosto, irritada.
A pessoa bufou de novo.
— Não vai é? ENTÃO TOMA! — não deu pra falar nada. A água fria e congelante inundou minha cama junto comigo.
— AHHHHHHH!!!!!! SOCORRO O TITANIC TÁ AFUNDANDO!!! EU TO ME AFOGANDO!! — levantei-me apressada e corri pelo quarto.
— Deixa de ser dramática, Isabella. — de repente eu reconheci de quem era a voz. Talvez pelo tom que ela disse o meu nome...
Abri os olhos com certa dificuldade. A água entrou nos meus olhos.
— AHHHH!! EU ESTOU CEGA!!!
— Deixa eu ver.
— NÃO! Eu sei o que você vai fazer.
— É melhor do que ficar cega. Eu posso fazer o que eu quiser com o seu quartinho, pegar qualquer coisa... e você não vai ver. É isso que você quer, Bella? — Edward terminou com uma voz suave.
— Não. — eu disse com a voz chorosa.
Vocês devem estar se perguntando o porque de eu estar... assim. Do meu pavor de algo estar entrando nos meus olhos, deixando-me fraca e cega. Tudo aconteceu nesse dia:
Começo da tragédia
Minha mãe passava as roupas enquanto eu comia meu sanduíche.
O spray para dar um “cheirinho” nas roupas estava na minha frente.
Foi aí que aconteceu. Tudo muito rápido. Esme pegou o spray por cima, onde havia o bico que espirraria. E sabe onde espirrou? Exato. Nos meus olhos. O bico tava virado pra mim, cerca de OITO centímetros de mim.
— MEUS OLHOS!!!!! AI, MEU OLHOS!! ESTOU CEGA!! FAZ ALGUMA COISA, MÃE!!
— Bella, me desculpe! — ela soprou nos meus olhos.
— Tá ardendo! Tá ardendo! — sai correndo (e tropeçando) em busca do banheiro.
— BANHEIRO! CADE O BANHEIRO?? ALGUEM ME AJUDA! CADE O BANHEIRO??
— Bella? O que...? — trombei em Alice.
— Me ajuda, anã! Meus olhos! Meus olhos! — ela bufou e soprou nos meus olhos.
— Me leva pro banheiro! — desde então eu fiquei ali a noite inteira derramando água nos meus olhos (fechados, é claro).
E é claro que teve gente querendo fazer suas “necessidades básicas”, entre eles o Ediota.
— SAÍ DAÍ, BELLA! EU QUERO ENTRAR!
— NEM AMARRADA EU SAIO DAQUI!
— PORRA, EU TENHO QUE MIJAR! SAÍ DAÍ AGORA!
— QUE VOCE SE BORRE QUE EU NÃO SAIO! — e começou o quebra pau de novo.
Fim da tragédia
— Pronto. Tá melhor?
— Sim. Tá preocupadinho comigo, Ed? — ri da cara dele.
— Cala a boca, Isabella. — ele saiu zangado.
— TÁ PREOCUPADO! TA PREOCUPADOOO!
— CALA A BOCA, SWAN!
Alice entrou.
— Nossa, o que foi agora? — perguntou ela.
— Nada. E aí? Conseguiu a roupa?
Ela sorriu.
— Claro. Olha só. — ela me mostrou um vestido curto de cor laranja claro, tecido fino e delicado com alças finas.
— E esses saltos também.
.jpg)
— É perfeito, Allie! Adorei! Obrigada! — dei um abraço nela.
— Posso te vestir de novo depois? — perguntou alegre.
Ri.
— CLARO! — ela riu e foi voando para o quarto.
Cinco e meia (ceú meio alaranjado)
Como o combinado, ele estava lá. Quando me viu sorriu e veio andando na minha direção.
— Oi, Bella!
Sorri e corri em sua direção.
— Harry! — nos abraçamos.
— Que saudade, Bell! — ele me... beijou.
PDV Edward
Por que eu não termino logo com ela?
— Você nunca me ouve, Edward! No que está pensando?? — Tânia pergunta irritada.
Em sair de perto de você.
— Em uma surpresa pra você, amor. — sorri galanteador.
— Oh, então está perdoado. — tola.
Ela me olhou surpresa.
— Então onde estamos indo?
— Pra um restaurante onde vi ontem. — eu disse indiferente.
— Ótimo. Estou com fome. — Tânia disse.
Caminhamos mais um pouco, aproveitando a paisagem. Folhas coloridas estavam caídas no chão, arvores com cores belas e harmoniosas, casais apaixonados tirando fotos de outros...
— Vamos tirar uma foto, amor? — perguntou Tânia animada.
Sorri.
— Claro. Por que não? — ela pegou a minha mão e nos dirigiu para uma arvore com folhas laranjas.
— Eu amos laranja! — gritou sorrindo.
— Então vai ser nessa aqui! — sorri.
Depois que tirei sua foto, pedi para tirarem uma nossa e outra só minha. No fim, tiramos várias fotos em várias árvores com folhas. E algumas só com as árvores.
— Vamos revelar as fotos. — Tânia sorriu.
— Então vamos procurar onde. — beijei sua cabeça.
Passamos dez minutos procurando o lugar e enfim encontramos o lugar. Deixamos as fotos lá, que seriam reveladas em menos de uma hora, e partimos para uma sorveteria.
Tânia escolheu o de morango e eu de flocos.
— O que vai me dar de aniversário, Ed?
Revirei os olhos.
— Surpresa.
Ela sorriu.
— Agora vamos. Estou com fome ainda. — ela pegou a minha mão.
Ficamos (na verdade ela ficou) conversando sobre o nosso... futuro. E eu me perguntando: futuro? Nós?
— Estou percebendo você muito distraído hoje, Edward. Tem mulher nisso? — ela perguntou desconfiada.
Ri. Tânia às vezes era absurda. Não que eu não olhasse outras mulheres.
— Mulheres? Eu só olhos pra você, Tânia.
Ela me deu tapa no braço.
— Ai.
Ela revirou os olhos.
— Não vou me preocupar com isso agora. A paisagem está muito linda para ser desperdiçada.
Enfim avistamos o restaurante. Mas uma coisa me fez para imediatamente.
Tânia me puxou.
— Vamos, Ed! O que...? — ela parou como eu.
— Vamos, deixa ela. — Tânia ficou na minha frente.
— Malditos. Eu vou até lá. — me desgrudei dela e caminhei até o “casalzinho”.
— EDWARD! — Tânia gritou zangada.
Não acredito no que estou vendo. Pensei não desgrudando os olhos da cena que eu via.
Algum desgraçado estava beijando a Bella.
— Estou atrapalhando? — perguntei dando um sustou nos dois.
Bella arregalou os olhos ao me ver. Corou.
— O que você está fazendo aqui?? — perguntou irritada.
Levantei a sobrancelha.
— Caso não saiba vim almoçar aqui ontem.
— Então vá! — disparou.
Olhei para o homem.
— Tire as mãos dela.
Os dois levantaram as sobrancelhas.
— E quem você é? — ele perguntou desconfiado.
— Eu sou... o amigo dela. — menti. Nem isso eu era.
Bella riu, fazendo-o olhar para ela.
— Tudo bem, amor? — congelamos. Amor?
Ela o fitava, embasbacada.
— Edward! — Tânia gritou ao meu ouvido.
— AI! Tânia!
Ela riu e olhou para Bella e depois para o homem.
— E você? Quem é? — eu fui o único que percebeu o tom malicioso dela?
O homem (desgraçado) sorriu.
— Harry Carter. Prazer. — ele estendeu a mão.
Tânia sorriu.
— O prazer é meu.
Bella e eu pigarreamos ao mesmo tempo. Nos olhamos irritados.
— Então, Edward, vá jantar com a... Qual é mesmo seu nome? — ela levantou a sobrancelha inocente.
Ela nem se deu ao trabalho de olhá-la, ficou com os olhos gordos em cima no cara.
— Tânia Denali. E você? Eu acho que é Isabelle. Não foi o que você me disse uma vez, amor? — Tânia me olhou fingindo inocência.
— É, acho que me atrapalhei no nome. — eu disse inocente.
— Bom, vamos, Ed? — assenti e dei uma ultima olhada (e mortal) para o cara.
PDV Bella
Eu ainda estava vermelha. Suando.
— Bella? Está tudo bem? — Harry perguntou preocupado.
— Sim. De repente me deu uma falta de apetite. Podemos ir pra a minha casa? — perguntei corando. Não queria que ele achasse que eu era uma tarada ou algo assim.
Harry sorriu mostrando seus dentes brilhantes.
— Claro. — será que eu estava imaginando a sua voz excitada e maliciosa?
Ele pegou a minha mãe e fomos andando. Contamos um pouco da nossa vida. Fiquei surpresa ao saber que ele namorou poucas mulheres em seus vinte anos.
— Ficantes? — perguntei. Como um homem daqueles quase não namorava?
Ele riu.
— Nunca. — o olhei incrédulo.
— Minha mãe... me educou de uma forma diferente. — ele disse lentamente.
— Como assim? — perguntei confusa.
Sua voz se tornou um sussurro.
— Ela disse que os melhores homens nunca “ficavam”. Que eles namorariam quantas mulheres fossem até encontrar a sua mulher certa. No início eu não aceitei, claro. Todos “ficavam”. — ele disse com a voz sufocada.
Com isso, percebi que tinha algo a mais nisso. Com essa beleza todo homem “ficava”. Paramos na frente do hotel.
— E...? Se você não aceitou, então por que... — ele me interrompeu.
Ele me olhou, o rosto contorcido de dor.
— Ela foi assassinada.
PDV Jasper
Alice parou na minha frente e me beijou. Rapidamente levei minhas mãos até seus cabelos e os acariciei.
— Eu te amo. — ela disse contra a minha boca.
— Eu também. — eu disse fazendo ela arregalar os olhos e me fitar.
— M-mesmo?
Ri.
— Como não percebeu, fadinha? — ela se irritou com seu apelido, mas relaxou e sorriu.
— Você sempre me evitava, só conversava sobre a escola, filmes, nada que... se encaixasse. — Alice disse ainda confusa.
— Mas agora você sabe... — eu a beijei. — que eu te amo. Pra sempre, minha fadinha.
Ela sorriu e me empurrou contra a parede.
— Já que nos amamos igualmente... — ela fez uma cara maliciosa que me deu medo. Merda. Vou admitir... eu estou com medo. Muito.
— Allie... eu não acho que sej... — ela levou as mãos para os botões da minha camisa e os retirou com uma pressa inacreditável.
— Cala a boca e me deixar fazer. — ela me virou rapidamente e abaixou a camisa, jogando-a longe. Minha fadinha estava começando a me assustar.
— Alice.
— Eu te AMO. Entendeu? Me deixa fazer isso. — ela tirou o vestido ficando só de calcinha e sutiã.
Ah, merda.
PDV Bella
Harry colocou sua mão no meu rosto e acariciou minha bochecha. Fechei os olhos e me deixei levar pela sensação maravilhosa que me rodeava.
— Apesar de nos conhecermos a pouco tempo... eu sei que te amo. — ele sussurrou contra a minha pele quente.
Minha pulsação estava acelerada. Meu rosto quente. Mil coisas passavam pela minha cabeça. Só havia Harry e eu... Nunca um garoto/homem me olhava e tocava desse jeito. Harry era especial. De certa forma, único. Não havia outro como ele, romântico, educado, lindo e cavalheiro.
Abri os olhos.
— Eu também. — ele me beijou.
PDV Edward
Tânia já estava começando a me irritar. Porra, ela tava olhando o cardápio a quantos minutos?? O garçom já se apoiava na cadeira de tanto esperar.
— Tânia... Já escolheu, amor? — perguntei me controlando já que o garçom estava ali.
Ela me olhou.
— Não. E pare de me perguntar isso. Já vou escolher! — ela disse irritada.
Revirei os olhos.
Depois de oito minutos:
PARTE POSTADA NO DIA 8/04
by: Cathy Halen
Nenhum comentário:
Postar um comentário